AQUI VOCÊ ELOGIA, RECLAMA, DÁ SUGESTÕES DAS COISAS QUE ESTÃO DANDO CERTO E DAQUILO QUE ESTÁ ERRADO OU NÃO ESTÁ FUNCIONANDO. UMA TRIBUNA POPULAR. MANDE AS SUAS CRÍTICAS DE FORMA CONSTRUTIVAS. CRÍTICAS QUE DENIGREM OS GESTORES PÚBLICOS NÃO SERÃO PUBLICADAS. ENTRE EM CONTATO ATRAVÉS DO E-mail:jotamelorn@hotmail.com
sábado, 13 de julho de 2013
Cinema » Novo filme do Super-Homem tenta construir um herói mais puro
O Homem de Aço dá ênfase à origem extraterrestre do personagem. Excesso de pancadaria nas sequências finais fica monótono e longo
Criado há 75 anos, o Super-Homem foi reinventado ao longo das décadas e adquiriu novos significados a cada nova versão.
No filme O homem de aço, os cineastas Zack Snyder (direção) e Christopher Nolan (roteiro) apresentam sua visão sobre o personagem, agora interpretado pelo musculoso Henry Cavill.
Kevin Costner, Russel Crowe, Laurence Fisburne, Amy Adams e Michael Shannon também estão no elenco.
Para refletir sobre os significados presentes no filme é pertinente saber quem são os artistas responsáveis. Snyder questionou e criticou a hipocrisia do mundo dos super-heróis com Watchmen (2009). Nolan dirigiu a trilogia (2005 a 2012) que tornou Batman menos fantasioso e mais verossímil.
Para ser coerente com o discurso apresentado em Watchmen, Snyder diminuiu as cores do uniforme do Super-Homem, tanto literalmente quanto alegoricamente. O traje colante permanece, mas o azul e o vermelho estão mais sombrios.
A criptonita não é verde, mas cinza. Suas ações também são mais discretas, quase anônimas.
Seus inimigos não são bandidos.
Ele salva pessoas de acidentes, não de atentados.
Não combate o crime.
Nunca agride seres humanos, pois isso seria questionável do ponto de vista ético e legal.
Seu heroísmo, portanto, não tem tons políticos.
É algo mais puro, tão simples e direto quanto seu nome, que se restringe à união das palavras "super" e "homem".
Nolan, que fez um Batman psicotecnológico, sem nada de sobrenatural, faz o possível para justificar a existência de um super-homem no Planeta Terra.
A DC Comics pretende promover o encontro entre os dois heróis no cinema (possivelmente no filme da Liga da Justiça) e é interessante haver coerência na construção desse universo comum.
Metropolis e Gothan City, afinal, existem num mesmo mundo fictício.
Como um herói poderia voar, soltar raios de calor pelos olhos, ser forte, rápido e ter visão de raio-x?
Em Homem de aço, há uma ênfase na origem alienígena do personagem.
Krypton está muito mais presente do que em qualquer filme anterior do herói extraterrestre.
Tudo o que é inexplicável, portanto, pode ser justificado a partir dessa premissa científico-fictícia espacial interplanetária.
A Metropolis é uma espécie de Nova York, assim como a Gothan dos últimos filmes de Batman tinha algo de Chicago. Ela tem uma geografia urbanística própria, mas é uma megalópole cosmopolita dos Estados Unidos. Uma cena de destruição em larga escala, inclusive, lembra os atentados de 11 de setembro, com arranha-céus que desabam e levantam poeira e destroços.
O Planeta Diário, onde trabalha a repórter Lois Lane (Amy Fischer), felizmente foi mantido na história, apesar da crise que atualmente atinge os jornais impressos dos EUA.
Isso pode renovar o interesse dos fãs de Clark Kent pela profissão, apesar de uma cena específica mostrar efeitos da concorrência com a internet.
O Kansas continua a ser a terra natal de Clark (homagem ao Mágico de Oz). Antes de virar Superman (seu nome é mencionado sempre em inglês na tradução brasileira, por questões de marketing e patente), ele aparece como um trabalhador braçal, com barba, corpo musculoso e peito cabeludo, para aproveitar a onda dos "cafuçus" que já atingiu até 007.
Cinematograficamente, o filme tem uma condução fluida até os momentos finais, quando começa uma pancadaria esticada até a monotonia.
No desfecho, há ainda aquela velha preguiça mental. No lugar de uma solução inteligente, que desafie o raciocínio do espectador, tudo acaba em uma cena no estilo: "Por que ele não fez isso antes?"
Um aspecto interessante que foi preservado no personagem é sua dedicação às mulheres.
Além de salvar o mundo, ele sempre precisa proteger sua mãe e sua namorada.
A canção de Gilberto Gil, escrita em 1978, continua atual:
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário