domingo, 28 de julho de 2013

Aos 87 anos, morre o jornalista Carlos Zamith, autor de ‘Baú Velho’ Amazonense ajudou a fundar, em 1956, a Associação dos Cronistas e locutores Esportivos do Amazonas.

Na tarde deste sábado (27), o Amazonas perdeu uma das figuras mais importantes do jornalismo esportivo. 
Carlos Zamith, conhecido pelo livro Baú Velho, morreu aos 87 anos em sua residência, no Bairro Chapada, na Zona Centro-Sul de Manaus. 
De acordo com um dos filhos, Carlos Zamith Júnior, o pai estava doente desde outubro do ano passado e, neste ano, foi constatado que ele tinha um câncer na próstata.
- Nosso pai chegou ao fim de uma forma tranquila. 
Eu estava no quarto. 
A gente estava segurando a mão dele – disse Carlos Zamith Júnior.
O corpo será velado ainda neste sábado, na Assembleia Legislativa do Estado, e o enterro está programado para as 10h (11h de Brasília), no cemitério São João Batista, na Zona Sul da capital.
Jornalista há mais de 50 anos, Carlos Zamith nasceu em Manaus no dia 20 de fevereiro de 1926. Começou a vida profissional em rádio, em 1954. 
Passou a ser repórter esportivo de jornal impresso e assinava uma chamada Retalhos Esportivos.
Em 1956 ajudou a fundar a Associação dos Cronistas e locutores Esportivos do Amazonas (ACLEA), onde foi seu tesoureiro durante onze anos consecutivos. 
Em 1960, ainda em jornal impresso, criou outra coluna, chamada Baú Velho, que contava as histórias do futebol amazonense. 
Em seguida, publicou livro com o mesmo nome.
Fonte: Globo Esporte

O escritor e cronista esportivo Carlos Zamith morreu as 17 horas deste sábado. 
Ele  será velado na Assembleia Legislativa do Amazonas e seu enterro ocorrerá  as 10 hs de domingo, no cemitério São João Batista. 
Zamith mantinha um Blog, Baú Velho, mesmo nome da coluna que escrevia no jornal a Critica, até a morte do patriarca dos Calderaro, Humberto Calderaro. 
A nova geração que assumiu o jornal afastou a velha guarda:  Zamith, Flaviano Limongi e outros.  
Mas Zamtih soube e manteve seu amor pelo futebol e continuou a escrever agora na internet e com mais liberdade.
Seu filho, Carlyle Zamith Oliveira, escreveu dois dias antes de sua morte:
"Um dos maiores pesadelos de meu pai, Carlos Zamith, é o medo de ficar internado em hospital. 
Desde os primeiros meses de 2012, quando começou a sentir fraqueza, cansaço, perder peso e massa muscular, sem motivo aparente, mas que já caracterizava ser o sintoma de uma doença grave e degenerativa, já me advertia que não queria saber de hospitais e médicos.
O diagnóstico chegou tarde, um ano depois, através de uma consulta com o Dr. Nelson Fraiji e deflagrou imediatamente uma tempestade de sentimentos e emoções. 
Descobrir que sofre de uma doença incurável e que a expectativa de vida provavelmente não vai além do próximo aniversário é para todo mundo, em qualquer tempo, o choque definitivo de toda uma vida. 
Embora a morte seja uma das poucas certezas da vida, porque nascemos no seu caminho e dele não temos como escapar. 
Diferente da espiritualidade que abraço e acredito, a cultura, a biologia e até algumas religiões conspiram para que as pessoas jamais estejam prontas para morrer.
Meus irmãos e eu decidimos que nosso pai ficaria em casa para viver da melhor maneira possível os dias que lhe resta, cercado de amor e carinho pela nossa mãe, filhos, netos e amigos. 
O que o auxilia a enfrentar com coragem e disposição é a presença do Amor da família. Com isso, ganha o tempo da prorrogação do jogo e vai até para a cobrança dos pênaltis.
A luta sem tréguas é uma regra à medida que o tempo passa. 
A enfermidade segue evoluindo progressivamente, e as condições físicas de meu pai se deteriora. 
Ele oscila entre a vigília e o sono; a respiração fica cada vez mais difícil, os músculos da garganta tornam-se flácidos, às vezes incapazes de eliminar secreções ou engolir um pequeno comprimido. 
Perde todos os movimentos dos membros e não pode mais falar. 
Ainda consciente de quem ele é, embora de forma cada vez mais remota.
Esta semana passamos a administrar o uso do medicamento chamado Tramal. 
É o penúltimo estágio do controle da dor desse mal, antes da morfina. 
O mal tem dois lados. 
Procurando direitinho encontra o Bem do outro lado. 
Esperar o Bem da cura é doloroso. 
Então é chegada a hora de aperfeiçoarmos nossa fé, e nos mostrarmos totalmente confiantes e dependentes do Poder Superior para que seja feita a Vossa Vontade!"

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