quarta-feira, 31 de julho de 2013

PREFEITO PERDE O SEU LÍDER NA CÂMARA MUNICIPAL! JÚLIO PROTÁSIO INSATISFEITO COM O SECRETÁRIO DE SAÚDE EM FECHAR O POSTO DE SAÚDE DO JIQUI

O vereador Júlio Protásio  (PSB) não é mais líder da bancada do prefeito Carlos Eduardo Alves na Câmara Municipal de Natal. Apesar de ainda não oficializada ao bloco governista e à imprensa,  a decisão foi tomada pelos recentes desgastes provocados pelo fechamento do posto de saúde de Jiqui, região de um forte eleitorado do vereador, e do anúncio da extinção do Programa de Incentivo à Educação Universitária (Proeduc) de autoria dele.


Em recente reunião com o prefeito  Carlos Eduardo Protásio  teria se queixado da decisão do secretário municipal de Saúde em fechar o Posto de Saúde do conjunto Jiqui, na zona sul, uma das principais bases eleitorais do vereador do PSB.

Outro  ponto determinante  para Protásio entregar a liderança foi o anuncio da Prefeitura de extinguir o Proeduc, que beneficia com bolsas de estudos em universidades privadas 12 mil estudantes oriundos de escolas públicas.  Os alunos beneficiados tem descontos de 50% no valor da mensalidade. As universidades que participam do programa podem abater dos impostos municipais até 50% do valor que deixa de ser pago pelos alunos.

Há tempos Júlio Protásio vinha tendo desgastes com o prefeito por pontos de vista divergentes e pela falta de articulação entre o Legislativo e o Executivo. No caso da suspensão do Proeduc, Júlio foi informado por meio da imprensa de que o programa de autoria havia sido suspenso. Já no episódio do Jiqui um acordo prévio garantiu o funcionamento da unidade até uma série de audiências públicas, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) optou por fechar e discutir uma possível reabertura somente após as audiências descumprindo o que foi firmado com o líder.

A situação estava tão delicada, que, ocupando o posto de líder, o peessebista já vinha enfrentando alguns atritos internos dentro do próprio partido. Como no episódio da renovação dos contratos de alugueis da Prefeitura de Natal, em que ele e Júlia Arruda tiveram pontos de vistas diferentes. Alguns vereadores da oposição já acreditam que Júlio pode ter um posicionamento mais incisivo, mesmo continuando na base de sustentação.

FUTEBOL: TIME DO ACRE PEDE ESMOLA A SUA TORCIDA!

Plácido de Castro-AC apela para caridade e pede doações de torcedores

Apesar da situação financeira delicada, o time vem bem dentro de campo e lidera o Grupo A1
Publicado na quarta-feira, 31 de julho de 2013

Plácido de Castro, AC, 31 (AFI) – Com cerca de R$ 380 mil de dívidas, entre salários atrasados e outras despesas relativas à participação na Série D do Campeonato Brasileiro, o Plácido de Castro-AC resolveu apelar para a caridade de seus torcedores e lançou uma campanha na internet pedindo a doação de qualquer valor.


Através das redes sociais, o clube divulgou uma conta corrente para a qual os torcedores ou simpatizantes da agremiação podem doar qualquer valor que desejarem para ajudar no pagamento dessas dívidas. 
Além dos salários, a hospedagem e a alimentação dos atletas estão entre os gastos que compõe os R$ 380 mil que o clube precisa arrecadar.

Mas apesar da situação financeira delicada, dentro de campo o time vem rendendo bem. 
Com dez pontos, o atual campeão acreano lidera o Grupo A1 da Série D ao lado do Paragominas-PA. 
Em cinco jogos, foram três vitórias, um empate e apenas uma derrota.

Como folga na próxima rodada, o time terá um tempo para se organizar e só volta a atuar no próximo dia onze de agosto, contra o Náutico-RR, no Estádio Ribeirão. 
Antes disso, Genus e Nacional disputam uma partida atrasada da terceira rodada e outros dois jogos da sétima rodada serão disputados: Paragominas e Nacional se enfrentam na Arena Verde e Genus e Náutico medem forças no Aluízio Ferreira.

Agência Futebol Interior

América-RN empresta Jerson para o Luverdense. O volante não estava nos planos do técnico Argel Fucks para a sequência da temporada.

Série B: 
Natal, RN, (AFI) - Contratado na semana passada para o lugar de Roberto Fernandes, o técnico Argel Fucks aos poucos vai conhecendo o elenco do América-RN e analisando os jogadores que não serão aproveitados. 
O volante Jérson (foto abaixo) é um deles, que vai disputar a Série C do Campeonato Brasileiro pelo Luverdense.


Fora dos planos da atual comissão técnica, o jogador foi emprestado até o fim da Série C e espera reencontrar o futebol apresentado no ABC na temporada passada, quando acabou se destacando e despertando o interesse do América-RN
O presidente Alex Padang confirmou sua saída.


Apesar de ter chego com status de titular, Jérson nunca conseguiu se firmar no Mecão
No primeiro semestre, o volante foi emprestado para a Ferroviária, disputando a Série A2 do Campeonato Paulista. 
Voltou para a Série B e disputou apenas três partidas (Palmeiras, Sport e Paraná).


Além de ver quem não tem condições de ser aproveitado, Argel Fucks vai analisando também as prováveis carências do elenco alvirrubro e, caso necessite, pedir algumas contratações. 
Após a vitória sobre o ASA, por 2 a 0, na última terça-feira, no Estádio Barretão, o treinador rasgou elogios aos jogadores.

São Caetano 2 x 1 ABC - Azulão encerra série negativa contra lanterna! O time paulista colecionava quatro jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro da Série B

São Caetano do Sul, SP, 30 (AFI) - O São Caetano encerrou, nesta terça-feira, uma série de quatro jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro da Série B, quando venceu o ABC, por 2 a 1, no Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. O Placar FI acompanhou o resultado do confronto.



Com a vitória, o time paulista – que vinha dois empates e duas derrotas - chegou aos 13 pontos e assumiu a 13.ª posição. Já o ABC permanece com apenas seis pontos e na última colocação – em dez jogos são: uma vitória, três empates e seis derrotas.


Azulão caminha vitória

O primeiro tempo começou feio e sem criatividade alguma dos dois times. A partida ganhou cara de futebol a partir dos 11 minutos, quando o São Caetano colocou a bola no chão e chegou à área do ABC. Após cobrança de falta de Danilo Bueno, Fred tentou de carrinho e não conseguiu completar para o gol.


 


Melhor em campo, o time paulista não demorou em abrir o placar. Aos 26 minutos. Lino derrubou Giancarlo na área e o árbitro marcou pênalti. Danilo Bueno foi para a cobrança de não titubeou: 1 a 0. O resultado era justo pelo o que vinha sendo apresentando dentro das quatro linhas.


O ABC, que já não assustava, sentiu ainda mais o gol e se fechou no sistema defensivo. Melhor para o Azulão, que foi para cima e ampliou. Aos 36, Geovane tabelou com Giancarlo e chutou com categoria. A bola estufou as redes do goleiro Rafael Roballo, que nada pode fazer.




ABC desconta, mas...

A conversa no intervalo ajudou o ABC, que voltou para o segundo tempo mais agressivo. Aos cinco minutos, Pingo recebeu cruzamento e mandou a bola na trave do goleiro Rafael Santos. No rebote, Lino mandou sobre a trave, levando o técnico Waldemar Lemos à loucura no banco de reservas.





Mas, aos 19 minutos o time potiguar ganhou uma sobrevida. Erick Flores dominou na entrada da área, girou sobre um marcador e mandou no canto do goleiro: 2 a 1. Foi o primeiro gol do atacante com a camisa do ABC na Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, a reação parou por ai.


Próximos jogos!

O São Caetano volta a jogar no sábado, contra o Icasa, às 16h20, no Estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte (CE). O ABC, por sua vez, enfrenta o Guaratinguetá no mesmo dia, mas às 21 horas, no Estádio Dário Rodrigues Leite, em Guaratnguetá (SP).


terça-feira, 30 de julho de 2013

Diretor da Globo entrega namoro de Pato com atriz da novela das 19 horas O nome, no entanto, não foi divulgado por Dennis Carvalho

Campinas, SP, (AFI) - O atacante Alexandre Pato segue conquistando corações.
Nesta terça-feira, o diretor da Globo, Dennis Carvalho, participou do programa Redação SportV e entregou que o atacante do Timão está namorando uma atriz da novela das 19hrs, Sangue Bom.


"Vou dar um furo para vocês: o Pato está namorando uma atriz da minha novela", resumiu o diretor, que afirmou ter um trato com a atriz para não dizer o nome da envolvida.


Sangue Bom tem dado bons números no ibope e reúne algumas das atrizes mais belas da Globo como Fernanda Vasconcellos, Sophie Charlotte, Regiane Alves e Thaila Ayala. Duas, porém, estão solteiras e tem relacionamento estreito com Alexandre Pato: Ellen Roche e Isabella Drummond (foto).


A primeira esteve com o atacante no programa Altas Horas, no final de maio. É possível que o casal tenha se conhecido nos bastidores do programa de Serginho Groismann. A segunda vive uma corintiana fanática e jantou com o atacante como estudo para viver a personagem Giane.


"O time faz parte da vida da Giane e ela sabe tudo, quando ganhou, perdeu. Jantei com uma torcedora e alguns jogadores, como o Pato. Eles me deram dicas e conversamos sobre o Corinthians”, afirmou a bela em entrevista ao site oficial da novela


O jogador está solteiro desde julho, quando terminou o relacionamento com Barbara Berlusconi, filha do dono do Milan, seu ex-clube. Desde então, ele tem andado pelo noite paulistana em busca de um novo amor. Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, foi apontada como um dos relacionamentos de Pato.

Abrigos de passageiros da Ribeira começam a ser recuperados

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), iniciou o trabalho de recuperação dos abrigos especiais de passageiros localizados na Praça Augusto Severo, na Ribeira. 
                                                       Foto:Guto de Castro




O trabalho inclui a reforma da estrutura no entorno do sistema viário com recuperação das grades de proteção para os pedestres nas plataformas de embarques, colocação de lixeiras e implantação de novas coberturas para os abrigos danificados. 

O trabalho começou há poucos dias e quem passa pela região começa a perceber que o entorno da Praça Augusto Severo está ficando de cara nova.

Segundo a Semob, as obras vão contemplar também os abrigos especiais localizados no bairro das Rocas e no Centro da cidade e estão sendo executadas pela empresa Kizo Engenharia com custo total de R$ 185.000,00.

Enquanto as obras não são concluídas, a Semob pede a compreensão dos usuários e informa que o transtorno com a execução das obras é temporário, pois a previsão é que os serviços sejam concluídos até o inicio do mês de setembro deste ano.

América-RN 2 x 0 ASA - 'Efeito Argel’ tira Mecão da zona de rebaixamento. Foi a primeira vitória do América-RN atuando no Barretão, em Ceará-Mirim

Ceará-Mirim, RN, (AFI) - Sob o comando de Argel Fucks, o América-RN chegou à sua segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro da Série B, desta vez pela 11.ª rodada, sobre o ASA, por 2 a 0, no Estádio Barretão, em Ceará-Mirim (RN).
O Placar FI acompanhou o resultado do confronto.


Antes, com o novo técnico – que substituiu Roberto Fernandes -, o time potiguar já havia vencido o Atlético-GO, por 1 a 0, em pleno Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Agora, com mais uma vitória o América-RN chegou aos 12 pontos e deixou a zona de rebaixamento: é o 15.º colocado.
Situação contrária a do ASA, que com a derrota entrou na degola.
O time alagoano permanece com dez pontos, mas agora em 18.º - um atrás do Guaratinguetá, 17.º. , 19º Paysandu e ABC na lanterna. Completam os últimos colocados da competição.

América em vantagem
Com o ânimo renovado depois da chegada do técnico Argel Fucks, o América começou melhor a partida e logo aos dois minutos abriu o placar. 
Renatinho começou a jogada pela meio-campo e encontrou Raí pela lateral. 
Ele cruzou e encontrou Almir, que aproveitou falha de Gilson e testou para as redes.


Apesar da desvantagem, o ASA não se desesperou e equilibrou as ações.
Tanto que aos 11 quase empatou.
Após cobrança de falta, Lúcio Maranhão cabeceou de costas para o gol e exigiu boa defesa de Andrey, que espalmou para escanteio.
Sete minutos depois foi Tiago Garça que parou no arqueiro, só que em cobrança de falta.

Porém, a partir dos 20 minutos o time de Arapiraca perdeu força.
Seu principal jogador, Lúcio Maranhão deixou o campo contundido.
A partir disso o jogo voltou a ficar na mão do América, que tocava bem a bola e se aproximava do segundo gol.
Aos 22, Raí arriscou de longe e por pouco Gilson não falha pela segunda vez.


Aos 37 minutos não teve jeito. Rodrigo Pimpão fez grande jogada e foi derrubado por Samuel na área. Na cobrança, Vandinho bateu bem e fez: 2 a 0. 
A vantagem tranquilizou ainda mais o time potiguar, que passou a tocar ainda mais a bola à espera do intervalo da partida.

Mais uma vitória do Mecão


O ritmo da partida caiu no segundo tempo, tanto que o primeiro lance de perigo veio acontecer apenas aos 17 minutos. Rodrigo Pimpão arriscou de fora da área e a bola por pouco não entrou no canto de Gilson. 



O ASA respondeu aos 21, quando William Henrique passou por dois marcadores e chutou sobre a meta de Andrey.

Com 2 a 0 no placar, o time americano cadenciava o jogo e não se arriscava na defesa. 
O que animou o ASA, que passou a criar mais chances de gol. 
Aos 30 minutos, William Henrique viu o goleiro Andrey adiantado e mandou de cobertura. 
Porém, o lance não valeu por causa de um impedimento assinalado.

Aos 37 minutos o América quase chegou ao terceiro gol. 
Rodrigo Pimpão foi lançado na área e tocou na saída de Gilson. 
O goleiro defendeu e no rebote o mesmo atacante carimbou a trave. 
Na sequência a zaga afastou o perigo na área.

Próximos jogos!
O América-RN volta a campo na sexta-feira, contra o Boa Esporte, às 19h30, no mesmo Estádio Barretão, em Ceará-Mirim (RN). Já o ASA, no mesmo dia, mas às 21h50, enfrenta o Oeste, no Estádio dos Amaros, em Itápolis (SP).

domingo, 28 de julho de 2013

Vergonha Irreconhecível, Santa Cruz perde em casa para o Baraúnas por 2x0. Tricolor faz sua pior partida na Série C e cai para a 6ª colocação

Faltam adjetivos negativos para definir a atuação do Santa Cruz na derrota por 2x0 para o Baraúnas, no Arruda, pela Série C.
Com um futebol sofrível, horrível, apático e vergonhoso, os tricolores foram dominados pela equipe potiguar com facilidade.
O detalhe é que o Baraúnas vinha de três derrotas seguidas.
As duas últimas por goleadas: 4x1 para o Sampaio Corrêa e por 6x2, em casa, diante do Cuiabá.
O resultado derrubou o tricolor para a 6º posição do Grupo A, com 10 pontos, a um do Luverdense, que abre o G4 na 4ª colocação.

Na rodada passada, contra o Águia-PA, o técnico Sandro Barbosa havia afirmado que o futebol apresentado pelo Santa Cruz no primeiro tempo havia sido o pior do time nesta Série C.
Impossível ter sido pior do que o deste domingo.
Preso na marcação do Baraúnas, abusando dos erros de passes, com buracos na marcação e sem qualquer força ofensiva, o tricolor teve uma apresentação sofrível, ao ponto do goleiro Érico não fazer uma defesa sequer.

Sem mostrar qualquer poder de penetração, o Santa Cruz se limitava a arriscar chutes de fora da área, com Dênis Marques, Nininho, Raúl e Luciano Sorriso.
Todos sem direção. Enquanto isso, o Baraúnas dava indícios de que poderia fazer mais do que apenas marcar.
Principalmente aproveitando os buracos na coberturas dos laterais. Principalmente do lado direito.

Foi assim que o time potiguar abriu o marcador, aos 30 minutos.
Após cruzamento na área e rebote do goleiro Tiago Cardoso, Radames, na pequena área coral, empurrou para as redes.
Foi o sinal para as vaias da torcida, que já se iniciavam, ganharem força ao ponto de alguns tricolores gritarem “olé” para o adversário.
Para piorar, o volante Tozo foi expulso aos 43 minutos após entrada imprudente em Radames.

Com os 11 jogadores atuando muito mal, o técnico Sandro Barbosa queimou todas as suas três alterações na volta para o segundo tempo, com Ramirez entrando na vaga de Luciano Sorriso, Natan no lugar de Júnior Xuxa e Renatinho na de Tiago Costa. A princípio, parecia que as mudanças surtiriam efeito. Antes dos 15 minutos, o Santa conseguiu o que não fez em toda a primeira etapa: fazer o goleiro Érico trabalhar.

Mas foi uma falsa impressão.
Aos poucos, o Baraúnas sou tirar proveito de ter um jogador a mais em campo.
E fez o segundo em nova falha da defesa coral.
Após cruzamento da esquerda, Radamis, sozinho na pequena área, empurrou para as redes, de carrinho.

Com o gol, o Santa Cruz se entregou. O Baraúnas ainda colocou duas bolas na trave tricolor. Por incrível que pareça, o placar de 2x0 foi pouco.

Santa Cruz:

Tiago Cardoso; Nininho, Leandro Souza, Renan Fonseca e Tiago Costa (Renatinho), Tozo, Luciano Sorriso (Ramirez), Raul e Júnior Xuxa (Natan); Flávio Caça Rato e Dênis Marques. Técnico: Sandro Barbosa.

Baraúnas

Érico; Levi, Preto Bacarena, Pedrosa e Jackinha; Wilker, Fidélis, Daniel e Paulinho Mossoró; Radamis (Léo Gama) e Cristiano Tiririca (Du Paraíba). Técnico: Samuel Cândido.

Local: Arruda. Árbitro: Manoel Nunes Lopo Garrido (BA). Assistentes: Thiago Gomes Brigido (CE) e Luiz Carlos Teixeira (BA). Gols: Radames, aos 30 min do 1º tempo e aos 22 min do 2º tempo. Cartões amarelos:Tozo e Ramirez (SC), Jackinha e Érico (B). Expulsão: Tozo, aos 43 min do 1º tempo. Público: 21.213. Renda: R$ 231.340

ABC 3 x 0 Paysandu - Primeira vitória não basta para largar a lanterna da Série B. Foi a primeira vitória do ABC em 10 jogos. O Papão não vence há cinco rodadas e Givanildo Oliveira caiu.


Natal, RN, (AFI) – Na luta para fugir da rabeira do Campeonato Brasileiro da Série B, o ABC levou a melhor no duelo com o Paysandu ao vencer, por 3 a 0, neste sábado à noite, no Estádio Frasqueirão, em Natal, pelo fechamento da décima rodada. 
Nem por isso, os dois maiores campeões estaduais do país saíram da zona de rebaixamento.

O ABC, 52 vezes campeão potiguar, venceu pela primeira vez em dez jogos, tem seis pontos, e segura a lanterna. 
O Paysandu, 45 vezes campeão paraense, continua com nove pontos, em 17.º lugar. 
Sem vencer há cinco jogos, o Papão demitiu o técnico Givanildo Oliveira.

Início agitado

O jogo começou movimentado. 
A primeira chance de gol aconteceu, de falta, os 18 minutos, quando Erick Flores bateu de longe e Marcelo, do Paysandu, espalmou. 
No minuto seguinte, o Papão deu o troco em chute de fora da área de Eduardo Ramos, que Rafael botou para escanteio.

Numa sequência de tentativas, o ABC abriu o placar aos 24 minutos. 
A jogada começou do lado direito, a defesa rebateu duas vezes até que a bola ficou nos pés de Guto. Mesmo fora da área ele chutou forte e com efeito. 
A bola fez curva e ainda tocou na trave antes de entrar.

O Paysandu voltou mudado para o segundo tempo, com Marcelo Nicácio e Wanderson nos lugares, respectivamente, de Jean e Ricardo Capanema. 
Nicácio assustou numa cabeçada aos dois minutos, que Rafael espalmou, evitando o empate.

Maior eficiência

Mas o ABC foi mais eficiente nos contra-ataques e marcou mais dois gols na parte final. 
Aos 33 minutos, Pingo pegou o rebote da defesa e bateu de bico no cantinho esquerdo do goleiro. 
Ele tinha entrado em campo alguns instantes antes. 
E vibrou muito, dando duas cambalhotas.
E aos 38 minutos, Bileu apareceu no lado esquerdo da grande área. 
Mesmo marcado por dois zagueiros deu uma finta de corpo e chutou no canto direito, fechando o placar 3 a 0. 
Para comemorar, ele deu um mortal - cambalhota para trás. 
Aos 44 minutos, Bileu quase ampliou ao chutar uma bola no travessão.

Jogos na terça-feira
Na terça-feira acontece a 11.ª rodada completa, com 10 jogos. O ABC vai enfrentar o São Caetano, em São Caetano do Sul, a partir das 21h50, enquanto no mesmo horário o Paysandu vai receber o Figueirense, em Belém.

Após derrota para lanterna, Paysandu demite Givanildo de Oliveira. O treinador encerrou a sexta passagem pelo clube paraense

Série B: 

Belém, PA (AFI) - Givanildo de Oliveira não é mais treinador do Paysandu. 
Após a goleada sofrida na noite do último sábado para o laterna ABC, por 3 a 0, a diretoria do Papão se reuniu e decidiu não manter o treinador para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.
Givanildo de Oliveira é ídolo da torcida do Paysandu, pois esteve à frente do time mais de cinco vezes. Recentemente, ele completou a marca de 200 jogos como treinador do Papão, mas não agradou durante esta última passagem.
Ele assumiu o clube em junho, no lugar de Lecheva, para a disputa da Série B. Em oito jogos, o técnico conseguiu uma vitória, dois empates e cinco derrotas. Com isto, o time caiu para a zona de rebaixamento, em 17º lugar, com nove pontos.
O Paysandu desembarcará em Belém na noite deste domingo e seguirá direto para concentração, visando o duelo contra o Figueirense, na próxima terça-feira, em Belém. 
Na partida, Rogerinho Gameleira, auxiliar técnico, ficará no banco de reservas.


Agência Futebol Interior

Relacionamento » Graciella Carvalho é flagrada aos beijos com Marianne Ranieri. O relacionamento entre as duas foi anunciado recentemente das redes sociais

Graciella Carvalho e a modelo Marianne Ranieri saíram para jantar na noite de sexta-feira, em São Paulo. 
No restaurante, o clima era de romance e as duas foram clicadas de mãos dadas.


Mas o clima esquentou na saída, quando a apresentadora do Multishow trocou beijos com a namorada. O relacionamento entre Graciella e Marianne foi anunciado recentemente das redes sociais.


No início do mês, Graciella divulgou um ensaio quentíssimo com a modelo. 
A apresentadora aparece beijando e trocando carícias com Marianne, protestando de maneira sensual e provocante contra a homofobia.


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Aos 87 anos, morre o jornalista Carlos Zamith, autor de ‘Baú Velho’ Amazonense ajudou a fundar, em 1956, a Associação dos Cronistas e locutores Esportivos do Amazonas.

Na tarde deste sábado (27), o Amazonas perdeu uma das figuras mais importantes do jornalismo esportivo. 
Carlos Zamith, conhecido pelo livro Baú Velho, morreu aos 87 anos em sua residência, no Bairro Chapada, na Zona Centro-Sul de Manaus. 
De acordo com um dos filhos, Carlos Zamith Júnior, o pai estava doente desde outubro do ano passado e, neste ano, foi constatado que ele tinha um câncer na próstata.
- Nosso pai chegou ao fim de uma forma tranquila. 
Eu estava no quarto. 
A gente estava segurando a mão dele – disse Carlos Zamith Júnior.
O corpo será velado ainda neste sábado, na Assembleia Legislativa do Estado, e o enterro está programado para as 10h (11h de Brasília), no cemitério São João Batista, na Zona Sul da capital.
Jornalista há mais de 50 anos, Carlos Zamith nasceu em Manaus no dia 20 de fevereiro de 1926. Começou a vida profissional em rádio, em 1954. 
Passou a ser repórter esportivo de jornal impresso e assinava uma chamada Retalhos Esportivos.
Em 1956 ajudou a fundar a Associação dos Cronistas e locutores Esportivos do Amazonas (ACLEA), onde foi seu tesoureiro durante onze anos consecutivos. 
Em 1960, ainda em jornal impresso, criou outra coluna, chamada Baú Velho, que contava as histórias do futebol amazonense. 
Em seguida, publicou livro com o mesmo nome.
Fonte: Globo Esporte

O escritor e cronista esportivo Carlos Zamith morreu as 17 horas deste sábado. 
Ele  será velado na Assembleia Legislativa do Amazonas e seu enterro ocorrerá  as 10 hs de domingo, no cemitério São João Batista. 
Zamith mantinha um Blog, Baú Velho, mesmo nome da coluna que escrevia no jornal a Critica, até a morte do patriarca dos Calderaro, Humberto Calderaro. 
A nova geração que assumiu o jornal afastou a velha guarda:  Zamith, Flaviano Limongi e outros.  
Mas Zamtih soube e manteve seu amor pelo futebol e continuou a escrever agora na internet e com mais liberdade.
Seu filho, Carlyle Zamith Oliveira, escreveu dois dias antes de sua morte:
"Um dos maiores pesadelos de meu pai, Carlos Zamith, é o medo de ficar internado em hospital. 
Desde os primeiros meses de 2012, quando começou a sentir fraqueza, cansaço, perder peso e massa muscular, sem motivo aparente, mas que já caracterizava ser o sintoma de uma doença grave e degenerativa, já me advertia que não queria saber de hospitais e médicos.
O diagnóstico chegou tarde, um ano depois, através de uma consulta com o Dr. Nelson Fraiji e deflagrou imediatamente uma tempestade de sentimentos e emoções. 
Descobrir que sofre de uma doença incurável e que a expectativa de vida provavelmente não vai além do próximo aniversário é para todo mundo, em qualquer tempo, o choque definitivo de toda uma vida. 
Embora a morte seja uma das poucas certezas da vida, porque nascemos no seu caminho e dele não temos como escapar. 
Diferente da espiritualidade que abraço e acredito, a cultura, a biologia e até algumas religiões conspiram para que as pessoas jamais estejam prontas para morrer.
Meus irmãos e eu decidimos que nosso pai ficaria em casa para viver da melhor maneira possível os dias que lhe resta, cercado de amor e carinho pela nossa mãe, filhos, netos e amigos. 
O que o auxilia a enfrentar com coragem e disposição é a presença do Amor da família. Com isso, ganha o tempo da prorrogação do jogo e vai até para a cobrança dos pênaltis.
A luta sem tréguas é uma regra à medida que o tempo passa. 
A enfermidade segue evoluindo progressivamente, e as condições físicas de meu pai se deteriora. 
Ele oscila entre a vigília e o sono; a respiração fica cada vez mais difícil, os músculos da garganta tornam-se flácidos, às vezes incapazes de eliminar secreções ou engolir um pequeno comprimido. 
Perde todos os movimentos dos membros e não pode mais falar. 
Ainda consciente de quem ele é, embora de forma cada vez mais remota.
Esta semana passamos a administrar o uso do medicamento chamado Tramal. 
É o penúltimo estágio do controle da dor desse mal, antes da morfina. 
O mal tem dois lados. 
Procurando direitinho encontra o Bem do outro lado. 
Esperar o Bem da cura é doloroso. 
Então é chegada a hora de aperfeiçoarmos nossa fé, e nos mostrarmos totalmente confiantes e dependentes do Poder Superior para que seja feita a Vossa Vontade!"

Portal do Holanda

Cinema » Filme de Getúlio já está no forno. Os últimos dias de Getúlio é um longa-metragem dirigido por João Jardim com produção da mulher do cineasta, Carla Camurati

Terminaram no dia 19, no Rio de Janeiro, as filmagens de Os últimos dias de Getúlio, longa-metragem dirigido por João Jardim com produção da mulher do cineasta, Carla Camurati. 
Em cena, a vida do homem que governou o Brasil durante 18 anos (em dois mandatos). 
Os realizadores avisam que o foco do filme serão os 19 dias anteriores ao suicídio do político gaúcho, em 24 de agosto de 1954.
O período não foi escolhido à toa. 
O que chamou a atenção de João Jardim e Carla Camurati foi a grande tensão que envolveu o país entre dois episódios marcantes: o tiro endereçado ao jornalista Carlos Lacerda, opositor de Getúlio, que acabou matando um oficial da Força Aérea Brasileira.

O longa, que tem Tony Ramos (o ator passou por longas sessões de maquiagem e depilação) no papel do presidente, não tem caráter investigativo, não vai se debruçar sobre as polêmicas que envolvem a morte do personagem.
Os últimos dias de Getúlio foi rodado quase integralmente no Palácio do Catete, no Rio, antiga sede do governo brasileiro onde atualmente funciona o Museu da República. 
O lançamento do filme, que tem orçamento de R$ 7 milhões, está previsto para o ano que vem, quando se completam 60 anos da morte do político. 
O projeto começou há sete anos e, desde o início, João Jardim pensava em Tony Ramos para o papel. O roteiro é de George Moura (de Linha de passe, de Walter Salles).

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Holocausto » Antecâmara da morte: manicômio brasileiro exterminou 60 mil pessoas

Internos faziam parte de minorias excluídas do convívio social. 
Genocídio é tema do livro "Holocausto brasileiro", de Daniela Arbel

Fellipe Torres - Diário de Pernambuco


Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Controlar os meios para criar uma sociedade de bem nascidos. Esse é o significado original do conceito de “eugenia”, criado em 1883 pelo antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911), primo de Charles Darwin (1809-1882). O termo ganhou forte conotação negativa após a eugenia nazista, a pedra fundamental da ideologia de pureza racial que culminou no Holocausto, como ficou conhecido o extermínio de milhões de pessoas em campos de concentração europeus durante a Segunda Guerra Mundial. Caso o leitor considere o assunto distante de nossa realidade, basta dizer que as mesmas ideias de “limpeza étnica” embasaram um genocídio silencioso cometido no Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais.

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação


Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Foram pelo menos 60 mil mortes no hospício, onde apenas 30% dos “pacientes” tinha diagnóstico de doença mental. A maioria dos internos fazia parte de minorias excluídas do convívio social, como epiléticos, mendigos, alcóolatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas violentadas ou que perderam a virgindade antes do casamento. A instituição foi criada em 1903 com 200 leitos, e alcançou a marca de cinco mil pacientes na década de 1960. 

A matança foi tema de uma premiada série de reportagem produzida em 2011 pela repórter Daniela Arbex, do jornal Tribuna de Minas, agora transformada no livro Holocausto brasileiro (Geração, 256 páginas, R$ 39,90). “Em 2009, um entrevistado me mostrou fotos do manicômio tiradas por Luiz Alfredo e publicadas na revista O Cruzeiro. Nenhuma daquelas imagens me remetia a hospital, e sim a campo de concentração. As pessoas conhecem Barbacena como ‘a capital dos loucos’, sobretudo aqui em Minas Gerais, mas quase ninguém sabe o que se passava de fato em Colônia”, diz a autora.
 
 
LEVANTAMENTO 
Daniela Arbex. Foto: Fernando Priamo
Daniela Arbex. Foto: Fernando Priamo
Durante um ano, a jornalista investigou as crueldades cometidas naquele local ao longo das décadas. Descobriu que, ao chegarem, as pessoas tinham os cabelos raspados e eram rebatizadas. Pacientes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre capim, eram espancados e violados. Alguns morriam de frio, fome e doenças. Às vezes os eletrochoques eram tantos e tão fortes, que a sobrecarga derrubava a rede do município. “Havia uma omissão coletiva. Quem sabia dos atos violentos, ou participava deles, preferia fingir que aquilo não estava acontecendo. A violência foi naturalizada, banalizada”, comenta Daniela Arbex. 

Mesmo cinco décadas após ter conhecido in loco a realidade do manicômio, o repórter fotográfico Luiz Alfredo ainda guarda na memória o que viu e registrou. “Diferente do trabalho de um profissional que vai para a África e encontra cenas de miséria por lá, cheguei em Barbacena sem saber direito o que estava fazendo e sem saber o que iria encontrar. De repente vi tudo aquilo. Fiz imagens chocantes”. 

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
 
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
No Hospital Colônia, cerca de 16 pessoas morriam por dia. Corpos eram vendidos ou decompostos em ácido para viabilizar o comércio das ossadas. Entre 1969 e 1980, mais de 1,8 mil corpos foram vendidos para faculdades de medicina de todo o país, sem que ninguém questionasse. Em valores atualizados, renderam R$ 600 mil. A realidade de Barbacena começou a mudar a partir dos anos 1980, quando a reforma psiquiátrica ganhou força. 

Um dos cabeças do movimento antimanicomial, o psiquiatra italiano Franco Basaglia visitou a instituição em 1979. Logo em seguida, convocou coletiva de imprensa para dar a seguinte declaração: “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo presenciei tragédia como essa”. À afirmação, somou-se o documentário Em nome da razão, gravado dentro do Hospital Colônia por Helvécio Ratton, considerado o “golpe de misericórdia” de Barbacena. Reformulado, o local abriga hoje cerca de 160 pacientes. 
 
 
Crédito: Geração Editorial/divulgação
Crédito: Geração Editorial/divulgação
LIVRO
Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex
Editora: Geração
Formato: 15,6 x 23 cm
Páginas: 256 
Preço: R$ 39,90
 
 
 
 
 


A CRUEL REALIDADE PSIQUIÁTRICA 

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Cerca de 12% da população do país (22 milhões de pessoas) precisa de algum atendimento em saúde mental, aponta o Ministério da Saúde. Em 2011, completou uma década desde que as normas brasileiras foram alteradas para propor um modelo de atenção a esses casos, aberto e de base comunitária. Nesses dez anos, 45 hospitais psiquiátricos fecharam, e o número de leitos especializados caiu de 50 mil para 30 mil. Estava prevista a progressiva extinção dos manicômios, mas a falta de preparo provocou desospitalização em massa, e a consequente carência de rede extra-hospitalar capaz de atender à demanda.

Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.
Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.
Decano da psiquiatria pernambucana, com mais de cinco décadas de atuação, o médico Othon Bastos aponta que o modelo vigente, baseado em Centros de Atenção Psicosocial (Caps), deveria e poderia ser melhor. Em entrevista ao Viver, falou sobre preconceito contra doentes mentais, a cultura do isolamento e as reformas psiquiátricas realizadas em âmbito global, nacional e local.

“A Tamarineira se chamava Hospital de Alienados. Era uma uma antecâmara da morte. Havia um niilismo terapêutico, que abria espaço para fome, promiscuidade e outras mazelas”, relata o psiquiatra. “Isso começou a mudar em 1918, com Ulysses Pernambucano, que fez reforma da assistência psiquiátrica no estado”.

ENTREVISTA OTHON BASTOS 

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Doentes mentais sempre foram vítimas de preconceito? 

Sim. Trata-se de um fenômeno pancultural e pan-histórico, ou seja, os transtornos estão presentes em sociedades de todos os tempos. Historicamente, sempre houve discriminação. A própria bíblia se refere aos doentes mentais como “amaldiçoados”. No século 15, dois padres dominicanos escreveram o Malleus Maleficarum, ou, em português, Martelo das bruxas, espécie de manual da inquisição, que descrevia as doenças mentais e relacionava orientações para torturar e matar os doentes.

O isolamento também tem raízes históricas?
Se observarmos o episódio da Queda da Bastilha, na França, veremos que aquela era uma prisão habitada sobretudo por doentes mentais, tanto recolhidos nas ruas quanto entregues pelos parentes. A rejeição familiar é algo muito presente. Há pouca tolerância. Antes dos tratamentos atuais, manter um doente mental em casa em surto agudo era impossível. Hoje ainda é muito difícil. A instituição do asilo para doentes mentais surge com fins filantrópicos, criada por João de Deus (1495-1550), considerado santo. 

Quando a psiquiatria como a conhecemos tomou forma?
O pensamento psiquiátrico surgiu com o médico francês Philippe Pinel (1745-1826), que destruiu os grilhões que acorrentavam os doentes e escreveu uma classificação das doenças mentais. Esse fenômeno se repetiu no mundo todo, e cada país teve o seu próprio Pinel. No Brasil, tivemos Juliano Moreira (1873-1933). Aqui, os casos de doença mental na família real portuguesa inspiraram desde cedo os cuidados psiquiátricos, a começar por D. Maria, a Louca. O primeiro hospital, o Asilo D. Pedro II, foi criado no Rio de Janeiro e internou figuras como Lima Barreto. Esses asilos sempre ficavam em áreas distantes dos centros urbanos, como era o caso da Tamarineira, no Recife.

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Como era o atendimento psiquiátrico oferecido em Pernambuco no passado?

A Tamarineira se chamava Hospital de Alienados. Era uma uma antecâmara da morte. Havia um niilismo terapêutico, que abria espaço para fome, promiscuidade e outras mazelas. Isso começou a mudar com Ulysses Pernambucano de Mello Sobrinho (1892-1943), que fez reforma da assistência psiquiátrica. Era um homem além do seu tempo. Logo após se formar no Rio de Janeiro, em 1918, foi nomeado para ser médico alienista da Tamarineira.

No que consistiu a reforma?
Ulysses Pernambucano criou o Serviço de Assistência a Psicopatas, que incluia terapia ocupacional, uma ferramenta importante no tratamento. Como a maioria das doenças mentais são crônicas, parte desses doentes eram encaminhados para as duas colônias em Pernambuco, uma em Barreiros (masculina) e outra em Monjope (feminina). Eram o fim da linha para os doentes crônicos e sem família.

A realidade das colônias de Pernambuco eram muito diferentes da de Barbacena?
Barbacena foi o pior hospital colônia do Brasil. Era uma “Psicopatópolis”. Não podia ser comparado aos de Monjope e Barreiros, em Pernambuco. Lá faltavam médicos e recursos. Tinha superlotação, ócio, isolamento social e maus tratos. Os serviços particulares também não eram muito diferentes. Passavam pelos mesmos problemas, exceto a fome. Mas não chamaria o que aconteceu em Barbacena de holocausto. Se houve um holocausto brasileiro foi a Guerra do Paraguai. 

Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Hospital Colônia de Barbacena. Crédito: Geração Editorial/divulgação
Quando essa cultura de isolamento começou a mudar?

O modelo hospitalocêntrico, com atendimento em unidades psiquiátricas dentro dos hospitais, sempre foi o dominante, até que começou a ser combatido em todo o mundo. Houve até um movimento de revolta chamado antipsiquiatria. Essa luta foi por motivos reais, como os maus tratos recorrentes, e até teve um lado salutar, que foi o combate aos asilos, mas o lado negativo da antipsiquiatria era o fato de negar as doenças. As pessoas diziam que as doenças eram apenas de origem social ou política. 

Qual foi o novo modelo proposto?
Houve um movimento nacional para reforma do modelo hospitalocêntrico, em favor do tratamento ambulatorial. Mas boa parte dos profissionais, inclusive eu, não apoiamos o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos, pois não podemos dispensá-los. Muitos surtos precisam ser tratados. Caiu-se no modelo capicêntrico (voltado para os Caps - Centros de Atenção Psicossocial), que tem virtudes como as equipes multidisciplinares, com terapeutas ocupacionais, enfermeiros especializados e serviço social atuante. 

Há também pontos negativos nesse novo modelo?
Algo que lamentei foi quando mudamos os pacientes para o Hospital das Clínicas, onde eles ficam enclausurados. Os doentes mentais precisam pisar no chão e ter sol aberto. Não se coloca enfermaria psiquiátrica em prédio sem pátio. Isso é relevante porque as doenças mentais são um dos maiores problemas de saúde do país. Os Caps deveriam e poderiam ser melhores.